Conversando com a Etnéia, ela me
surpreendeu, aliás como sempre, ao me esclarecer sobre as múmias, e seus
tesouros e tudo o mais com que eram enterradas. A interpretação que temos sobre
isso fala que em um dia o faraó voltará e então encontrará tudo seu ali, que
era esse o verdadeiro sentido de embalsamarem as pessoas, porque um dia elas ressuscitariam.
Ela falou que essa interpretação está errada, que o real sentido do morto ser
enterrado com suas coisas, comidas e até escravos, não significava que ele iria
voltar, mas é sim uma conscientização. Isso é pra mostrar que quando morremos
viramos espírito, passamos então a ser mortos vivos. Mortos no corpo e vivos no
espírito, e o fato de ser enterrado com tudo era para que compreendessem que
aquele corpo não lhe pertencia mais, estava morto, não lhe servia mais. Ele não
tinha como voltar a ele, assim como seus pertences não lhe serviriam mais para
nada. Comida, escravos, nada mais daquilo tinha utilidade para ele, pois não
podia tocá-los mais, usá-los ou tirar qualquer proveito deles. O morto então vendo
tudo aquilo em espírito tomava consciência da sua realidade. Deixava tudo lá e
ia embora, sua realidade agora era outra, compreendia que estava morto. Esse também
é o significado da nossa sepultura, ela mostra ao morto que ele não pertence
mais a esse mundo, quando morremos nos não sabemos que estamos mortos, não
entendemos isso, e lutamos para retornar, fazemos questão de voltar pra nossa
casa, pro nosso corpo, e por isso ficamos ligados e ele. Quem tem a visão da
outra dimensão, verá o corpo no fundo da cova e o espírito acima dela, como um
balão estacionado no ar, na mesma posição do corpo no fundo da cova, procurando
uma maneira de retornar a ele. Só depois de quarenta dias, quando o corpo
começa a se decompor, e seus elementos se desagregam e começam a voltar para
suas origens, reciclados pela terra, é que nos convencemos da morte. São 40
dias para acessar toda e qualquer energia vibratória, que mantém o corpo
unificado, então ele começa a se desfazer, a se separar, desagregando-se a sua
aparência organizada.
As pessoas muito materialistas,
sofrem demais sem quere aceitar a morte , assim como os que tiveram morte súbita
em desastres, os que levam longos períodos doentes, são preparados para isso, e
aceitam melhor os fatos. Como pude ver, tudo o que sabemos ou se diz sobre a
morte, é completamente diferente de como ela expos o assunto. Estou fazendo uma
coleção de faraós e deuses do Egito e olhando para eles, ela começou a falar
sobre o assunto. E olha, nós relamente não sabemos quase nada sobre eles, e o
que sabemos não confere com o que ela disse em muitos pontos. Há muitas coisas
que não sabemos sobre nós, os Iniciados, esclarecidos espiritualmente, não
passam por isso. Se prestarmos bem atenção na vida, podemos notar que quando
viemos para esse mundo, quando nascemos, não trazemos nada nas mãos. E quando
vamos embora, morremos, não levamos nada também. Então é muito fácil entender
que as riquezas não são materiais. Os faraós eram espiritualizados, e o sentido
dado a serem enterrados com suas coisas era pra mostrar exatamente isso, para
que acumular coisas, se não podemos levá-las? Fica tudo aqui. O corpo também
não levaremos... Nem a matéria corporal, que é a vestimenta usada pra vivermos
nesse planeta, uma vestimenta sagrada, que nos possibilita vida.
Apesar de todo o estudo que eu faço, nada me
esclarece tanto quanto as conversas que eu tenho com ela. De modo simples e descomplicado,
ela me esclarece, me dá o entendimento, e derruba tudo o que eu havia concluído,
com a maior simplicidade. Tudo pra ela é fácil assim. Nossos encontros são
muito sérios e eu sempre me preocupo, fico pensativa... Mas nós temos também as
nossas horas de descontração, para tirar a tensão e desligar um pouco. Ela é
incrível.
Olá, queria saber qual a sua opinião sobre a cremação. Isso é ruim? O espírito demora a aceitar sua morte? Adoro o blog e as opiniões da Etneia. Grande abraço.
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