domingo, 27 de dezembro de 2015

Considerações sobre a morte

Conversando com a Etnéia, ela me surpreendeu, aliás como sempre, ao me esclarecer sobre as múmias, e seus tesouros e tudo o mais com que eram enterradas. A interpretação que temos sobre isso fala que em um dia o faraó voltará e então encontrará tudo seu ali, que era esse o verdadeiro sentido de embalsamarem as pessoas, porque um dia elas ressuscitariam. Ela falou que essa interpretação está errada, que o real sentido do morto ser enterrado com suas coisas, comidas e até escravos, não significava que ele iria voltar, mas é sim uma conscientização. Isso é pra mostrar que quando morremos viramos espírito, passamos então a ser mortos vivos. Mortos no corpo e vivos no espírito, e o fato de ser enterrado com tudo era para que compreendessem que aquele corpo não lhe pertencia mais, estava morto, não lhe servia mais. Ele não tinha como voltar a ele, assim como seus pertences não lhe serviriam mais para nada. Comida, escravos, nada mais daquilo tinha utilidade para ele, pois não podia tocá-los mais, usá-los ou tirar qualquer proveito deles. O morto então vendo tudo aquilo em espírito tomava consciência da sua realidade. Deixava tudo lá e ia embora, sua realidade agora era outra, compreendia que estava morto. Esse também é o significado da nossa sepultura, ela mostra ao morto que ele não pertence mais a esse mundo, quando morremos nos não sabemos que estamos mortos, não entendemos isso, e lutamos para retornar, fazemos questão de voltar pra nossa casa, pro nosso corpo, e por isso ficamos ligados e ele. Quem tem a visão da outra dimensão, verá o corpo no fundo da cova e o espírito acima dela, como um balão estacionado no ar, na mesma posição do corpo no fundo da cova, procurando uma maneira de retornar a ele. Só depois de quarenta dias, quando o corpo começa a se decompor, e seus elementos se desagregam e começam a voltar para suas origens, reciclados pela terra, é que nos convencemos da morte. São 40 dias para acessar toda e qualquer energia vibratória, que mantém o corpo unificado, então ele começa a se desfazer, a se separar, desagregando-se a sua aparência organizada.

As pessoas muito materialistas, sofrem demais sem quere aceitar a morte , assim como os que tiveram morte súbita em desastres, os que levam longos períodos doentes, são preparados para isso, e aceitam melhor os fatos. Como pude ver, tudo o que sabemos ou se diz sobre a morte, é completamente diferente de como ela expos o assunto. Estou fazendo uma coleção de faraós e deuses do Egito e olhando para eles, ela começou a falar sobre o assunto. E olha, nós relamente não sabemos quase nada sobre eles, e o que sabemos não confere com o que ela disse em muitos pontos. Há muitas coisas que não sabemos sobre nós, os Iniciados, esclarecidos espiritualmente, não passam por isso. Se prestarmos bem atenção na vida, podemos notar que quando viemos para esse mundo, quando nascemos, não trazemos nada nas mãos. E quando vamos embora, morremos, não levamos nada também. Então é muito fácil entender que as riquezas não são materiais. Os faraós eram espiritualizados, e o sentido dado a serem enterrados com suas coisas era pra mostrar exatamente isso, para que acumular coisas, se não podemos levá-las? Fica tudo aqui. O corpo também não levaremos... Nem a matéria corporal, que é a vestimenta usada pra vivermos nesse planeta, uma vestimenta sagrada, que nos possibilita vida. 

Apesar de todo o estudo que eu faço, nada me esclarece tanto quanto as conversas que eu tenho com ela. De modo simples e descomplicado, ela me esclarece, me dá o entendimento, e derruba tudo o que eu havia concluído, com a maior simplicidade. Tudo pra ela é fácil assim. Nossos encontros são muito sérios e eu sempre me preocupo, fico pensativa... Mas nós temos também as nossas horas de descontração, para tirar a tensão e desligar um pouco. Ela é incrível.

Um comentário:

  1. Olá, queria saber qual a sua opinião sobre a cremação. Isso é ruim? O espírito demora a aceitar sua morte? Adoro o blog e as opiniões da Etneia. Grande abraço.

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