domingo, 29 de janeiro de 2012

Uma nova etapa, com novos amigos


Oi,
Meus 15 anos se transformaram em 21 – idade terrena. Agora era outra caminhada, outra vida. Recebi ordens para seguir em frente. Saí na madrugada, a caminho de novas experiências. Dei sumiço na maleta, levei só a bolsa. No meu iPod tocava isto:
Gimme Little Sign by Brenton Wood on Grooveshark

Como sempre, eu ia sem saber para onde. Andava ao léu, ouvindo a música, cantando junto. Afinal, esse é meu destino aqui na Terra, ir para onde mandam. Não tenho lugar fixo, sou andarilha. A madrugada estava fria e eu usava um casaco com capuz e mantinha as mãos nos bolsos. Sozinha pela rua praticamente deserta, eu seguia caminhando e aguardando alguma ordem ou sinal de que eu deveria parar.
Eu nunca sabia o destino, mas acertava direitinho o caminho, mesmo sem saber. Fui instruída a ir para o metrô e lá conheci uma turma. Eram animados, conversadores.
O metrô ainda estava fechado, pois eram aproximadamente quatro horas da manhã quando cheguei. Eu os vi caminhando para algum lugar, carregando seus skates. Era véspera da Natal, ou melhor, já era dia 25 de Dezembro.
Eles me viram ali, observando-os e um deles perguntou se eu estava indo para algum lugar ou se tinha algo pra fazer. Respondi que não ia fazer nada e então eles me chamaram para juntar-me a eles.
Mais tarde, tomando um refrigerante e conversando melhor, descobri que moravam em uma república mista de estudantes. Providenciei nova maleta vazia – busquei dizendo que estava “logo ali adiante” e fui junto com eles. Arrumaram uma vaga para mim na república e eu estava novamente estabelecida. Foi com esta turma que eu ganhei o apelido de “Etnóia, a Noiada”...
Obviamente também não acreditaram que eu sou uma ET - como é difícil ser uma ET aqui na Terra. Não sei por qual razão eles querem tanto que eu diga a verdade... Já está claro que ninguém vai acreditar nisto. Acho que é para verem as reações das pessoas. O meu pessoal vai estabelecer contato e estão estudando e catalogando reações.
Esse pessoal da Terra não acredita em nada.
Eu estou bem longe da casa do João e da Glória, mas quando quero vê-los olho na palma da minha mãe esquerda e os vejo. Antes de ir embora eu clonei um iPod pra mim e deixei o deles lá. Claro que clonei as músicas também.
O pessoal da Terra não acredita em mim porque não mostro a eles nada dessas coisas que eu posso fazer. Então, sem revelar as minhas capacidades, eu pareço uma pessoa comum, normal. Ora, como vão acreditar que sou uma ET? Não dá mesmo.
O Etnóia pegou... Tiraram muito sarro de mim. Sabe como é universitário, ainda mais morador de república. Ah!!! Eles riam das minhas histórias e diziam: “Você é muito doida!
Gostavam das histórias, mas não acreditavam em nada. Não sei por que o ser humano é assim. Os humanos veem discos voadores (é assim que vocês chamam as vimanas), são abduzidos e.... Mesmo assim, ninguém acredita.
Um deles disse o seguinte pra mim, certa vez:
Ah! Esse negócio de disco voador, de ET, é papo furado.... Se vocês são tão inteligentes, adiantados, poderosos, capazes de vir aqui... Por que não se mostram logo? Por que não descem a nave espacial na frente de todo mundo, dizem o que querem e pronto? Mas não... Ficam aí ensebando... Por que? Porque é mentira, isso não existe. Você até que tem cara de ET, nome de ET... Nunca vi ninguém chamado assim, mas quem prova que você é uma ET mesmo? Nem você prova! Ah, me poupa!
A risada foi geral.
Com meus novos amigos, enquanto morei na república, aprendi a andar de skate, de bicicleta, de patins. Gostei muito. Fiquei fã de sanduíches, de tanto comer com eles em lanchonetes, padarias, carrinhos, vans... Enfim, onde havia alguém vendendo sanduíches e batatas, lá estávamos.
A vida na Terra, depois do orfanato, ficou bem melhor. A vida de criança não foi boa pra mim, não. Não foi legal. Ninguém me adotou, iam lá ao orfanato, olhavam pra mim e me achavam feia, esquisita, uma criança... Sei lá, estanha. Então fiquei por lá até a hora de ir embora. Não se adota muito por aqui pela Terra, não. Apenas uma criança ou outra que tem a sorte de ser adotada. Eu não tive essa sorte. A maioria das crianças dos orfanatos cresce sofrendo e acaba na rua.
A minha vida com o João e a Glória foi uma boa mostra de como ser jovem: cinema, pipoca, sair com os amigos ouvir música... Eu gostei daquele tempo e realmente tenho aprendido um bocado nestes lugares por onde passo. Morar em uma casa de terráqueos, vivenciar a rotina da família, seus hábitos, suas comidas. Foi um aprendizado, apesar do pouco tempo. Eu sinto falta deles e fico imaginando como se sentiram quando encontraram a carta de despedida que deixei pra eles.
Não posso mais voltar lá... Não somos sentimentais, porém acho que com todo esse tempo vivendo neste planeta acabei desenvolvendo esses sentimentos... Ando bem humana, já.
Beijos.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Um ano bom, junto a novos amigos: um quarto, uma família e a escola

Oi! 
Então, na casa dos meus jovens amigos – um casal – eu conheci a música que já mostrei para vocês. Eu os conheci numa noite em que andava à toa pela rua, sem saber para onde ir. Eu estava com 15 anos (da Terra).  Encontrei com eles e foi aquela simpatia, sabe? Eles estavam comendo pipoca e me ofereceram. Eu estava no ponto do ônibus, fazendo não sei o que, pois na verdade eu não sabia para que lado ir. Como os meus informantes, de quem recebo ordens do que fazer, me mandaram ficar naquele local, eu fiquei...
Então os dois chegaram falando, rindo, comendo pipoca e ouvindo música. O fone de ouvido estava no ombro e eles ouviam o seguinte:

Young Hearts Run Free by Candi Staton on Grooveshark

Parece que tudo ficou mais bonito ao som daquela música. Eu olhando pra eles, eles olhando pra mim, eu sorri e eles corresponderam com sorrisos também.
Quer?”, eles perguntaram, mostrando o saco de pipoca. Eu peguei um pouco e experimentei ( nunca havia comido aquilo) e gostei.
Eu estava vestida como eles: jeans azul, tênis, camiseta e jaqueta jeans sem mangas, azul também e, no ombro, uma sacola.
Vai pra onde?”, ela me perguntou.
Não tenho pra onde ir. Cheguei hoje na cidade, não conheço nada por aqui”, eu disse... (Foi só isso que me mandaram dizer).
Ela olhou para o irmão, questionando com o olhar se ele concordava com o que ela falou naquele instante: “Vamos lá pra casa.
Ele respondeu: “É, acho que o pai e a mãe não vão se incomodar...” e ela completou: “Chegamos do interior, lá da casa da vovó, estávamos de férias...
Em resposta, eu disse que também era do interior e que tinha cindo à cidade para morar e estudar.
Ah, legal... Vamos sim lá pra casa, depois podemos te ajudar a arrumar um lugar pra ficar. Não tens mala?”, perguntaram.
Pensei rápido, pega se surpresa “Hi! A Mala!” e providenciei uma: “Está aqui atrás da lixeira...”, eu disse, indo até lá. Os dois me acompanharam e um deles falou: “Nossa, eu nem tinha visto...
Lógico que não viu. Num instante eu fiz surgir uma mala... Eu não sabia para onde estava indo nem como aquela história iria terminar, mas eles eram bonitos, gentis, a música estava alegre, linda. A noite estava se iniciando morna, misteriosa. O mundo todo cantava ao meu redor.
O ônibus veio, peguei a mala – vazia, só mesmo de figuração – subimos e nos sentamos lá atrás, no fundão, os três juntos, curtindo a música. A cidade, linda, passando pela janela do ônibus. Eu curti aquela vista da janela, olhando São Paulo com atenção. Enquanto observava a cidade e escutava a música, senti uma coisa boa acontecendo dentro de mim, no meu coração provocado pelo ritmo – a música mexe muito comigo, eu sou extremamente sonora.
Quando acabou a música ficamos conversando sobre “balada”, eles me perguntando se eu gostava... Anteriormente Instruída para contatos assim, eu me saí bem.
Chegamos na casa deles e conheci os seus pais. Os dois eram tão legais quanto os filhos. Bem, os filhos são reflexos dos pais... Já ouviu dizer isso? Ou “tal pai, tal filho” ou “filho de peixe, peixinho é”. Essas coisas da Terra, esses ditados que vocês conhecem.
Enfim, os pais deles eram maravilhosos e agiram como se já me conhecessem há muito tempo. Jantamos uma comida muito boa feita pela mãe deles.
Vivi experiência de ser criança terráquea e agora iria viver a adolescência. Era hora de ser jovem terráquea e isso era outra aventura, traria novos conhecimentos. Seria bom estar em os meus novos amigos, pois eles tinham praticamente a minha idade: ele tinha 14 anos e ela 16. Eu estava com 15 anos.
Os pais disseram eu podia ficar lá e assim que começou o ano letivo fui estudar na mesma escola em que eles já estavam matriculados. Os documentos necessários apareceram, transferência em tudo. Apresentaram-me como prima e arrumei vaga. Ficamos na mesma classe, no período noturno.
Sentávamos perto uns dos outros, eu no meio dos dois.  
No primeiro dia que a professora chamou “Etnéia”, foi risada geral na classe e alguém disse: “Parece uma ET mesmo!” Algum engraçadinho. Os dois irmãos me olharam, como se estivessem pedindo desculpas por aquilo. Eu sorri e vi que ambos ficaram aliviados, suspiraram e, no final, ficou tudo bem.
Naquela mesma primeira semana, na hora da saída da escola, um carinha lá me perguntou “Como é em Marte?
Olhei pra ele e respondi, calmamente: “Não sou de Marte, sou de Capella, próximo às Plêiades.”
Ele ficou sem graça, me olhando. Eu sorri e fui embora, ele ficou parado olhando pra mim.
Depois desse dia ele não incomodou mais, mas porque não voltou mais pra aula... Ele entendeu que era verdade o que eu dizia. E os outros que gostavam de fazer graça com meu nome e com meu jeito acabaram virando nossos amigos mas não acreditavam em nada do que eu dizia, levavam na brincadeira, riam.
Quando estávamos em casa, costumávamos ouvir música e foi na casa deles que eu ouvi “Judy in disguise”, a música que já postei aqui, lembram?
Eles me deram um IPod com as músicas que ouvíamos, para que eu ouvisse no quarto, na hora de dormir. O quarto era bem pequeno porque não era exatamente um quarto... Arrumaram lá pra mim com uma espécie de cômodo, com uma cama dobrável (cama de campanha), um abajur de pé e a minha maleta (vazia) lá no canto. A minha sacola tiracolo eu pendurava atrás da porta – essa tinha coisas dentro: documentos, certidão... Tudo falso.
De lá do meu quartinho eu podia olhar o céu à noite pela janela e ver as estrelas, sentindo falta da minha casa... Uma coisa que eu nem conhecia. Mas sinto falta, sabiam? Estou longe há muito tempo, bem longe... Anos-luz. Eu vim muito nova para este planeta, na idade da Terra, porém já bastante acostumada com as coisas de lá. Eu senti e sinto, é natural que sinta falta de lá. Você não sentiria? Imagine-se em um planeta estranho, onde você não conhece ninguém, longe dos seus familiares e amigos. Sentiu? É barra...
Fora as crianças lá do orfanato, eu conheci esses dois jovens irmãos que nunca acreditaram em nada do que eu contei a eles. Nem ao outros alunos da escola acreditaram que eu sou uma ET. Fiz alguns truques na escola, entretanto nunca convenci ninguém de nada. Tempo perdido.
Eu fiquei um ano com esta família. No final do ano, no Natal (dia 24), tive que ir embora e, como sempre, sem saber pra onde. Eles mandam, eu vou.
As crianças do orfanato aceitavam normalmente tudo o que eu dizia. Criança acredita em tudo...
Beijos 

sábado, 21 de janeiro de 2012

Quando e como descobri mais sobre mim

Oi, como eu já contei, eu saí do orfanato aos 14 anos. Foi lá no orfanato que comecei a notar que eu não era igual às outras crianças... Eu tinha crescido e já observava que eu não podia comer – ou melhor, não precisava comer. Se eu quisesse ficar sem comer por dias eu ficava, porque me alimentava de energia.
Eu também não precisava aprender nada na aula, pois eu já sabia tudo, vinha tudo na minha cabeça. Eu dizia e estava certo e era capaz de responder toda e qualquer pergunta que fizessem.
Eu só falava na aula para responder às questões dos professores e durante o resto do tempo eu era calada, observando as crianças terráqueas. Aprendendo. Não brincava com ninguém e, à noite, na cama, eu me cobria da cabeça aos pés com medo daquelas pessoas esquisitas que vinham me visitar e conversar comigo, ao pé da cama.
Algumas vezes eu entendia tudo o que eles diziam, em outras, não. Eu podia ouví-los também na minha cabeça, quando não falavam nada. Eu ouvia seus pensamentos. Até que numa noite disseram: “levanta e sai...”
Nesta madruga eu saí do orfanato numa boa, com os portões fechados, passando por cadeados sem nem precisar abri-los. Eu não sabia que era capaz de fazer isso, descobri nesta hora. Então eu quis saber: “Quem sou eu?... Por que meu nome não é igual ao das outras crianças? Por que eu não sou igual a elas?..
Eles me disseram quase  tudo. Que eu não era daqui e de onde eu era, como eu tinha vindo. Só não me disseram a razão. Falavam na minha cabeça. Mostraram-me como é lá em Capella, pude ver a minha casa e a minha família – pai, mãe e irmãos. Fiquei muito triste porque eu queria estar lá.
Eu adquiri muitos hábitos da Terra e isto me condena à solidão. Não posso ir pra lá. Fiquei muito triste tentando saber porque fizeram isso comigo, me separando deles e logo entendi que porque eu era a mais bonitinha do planeta , faltando bem pouco para ser humana – é verdade – e que eu não assustaria ninguém na Terra. Descobri que sou uma híbrida do meu pai com uma terráquea. Minha mãe, que agora vive lá no nosso planeta, aqui na Terra era uma das mais capazes de se adaptar ao meu planeta natal. Eles só levaram  para lá os mais parecidos conosco, para poder repovoar a Terra com híbridos melhores e bem semelhantes aos humanos.

Aquela foi uma longa noite de revelações pra mim, na qual fiquei sabendo de praticamente tudo a meu respeito. Passei o dia seguinte escondida no mato até anoitecer novamente. Nesta segunda noite eles só me disseram: “Vai em frente...
Eu segui. O ano passou rápido e logo eu havia crescido bastante, já tinha 15 anos. Eu me vestia e me comportava como uma jovem da Terra. Tinha a mesma postura, os mesmo trejeitos, praticamente uma terráquea de 15 anos igual à todas as outras. Entretanto, se olhassem atentamente para mim, se prestassem atenção aos meus traços – exóticos, marcantes – é possível notar algo que eu sou diferente. É por isso que eu não deixo as pessoas me olharem muito. 
Eu me transformei da noite para o dia, amadureci a olhos vistos, a criança ficou pra trás. Bem, eu já andava mesmo querer saber quem eu era desde os 12 anos. Eu implicava com o meu nome, queria saber a razão de não me chamar Maria ou Luiza ou Joana como as outras meninas que eu conhecia. Todos achavam meu nome estranho e faziam cara de “credo!” quando perguntavam o meu nome e eu dizia: “Etnéia”.
Eu era muito feia quando pequena, depois dei uma melhorada – o ar do planeta, o ambiente, foi me mudando. Hoje a minha aparência é muito boa. 
Beijos. 

A NAVE - VIMANA


Nirvana (Intermezzo) by El Bosco on GroovesharkO motor da nave é motor de fótons. Os fótons são detonados com o laser de Neutrino, eles então se desintegram gerando fluido magnético. A reação em cadeia produzida pela detonação dos fótons gera um campo magnético que serve para amortecer e impedir que a nave desintegre – os dois campos de força gerados se neutralizam .
A cabine da nave tem forma de um anel o que dá a ela o formato de um disco voador – energia em círculo. A nave se move girando para produzir gravidade e os pontos de saída da força ao seu redor – embaixo – funcionam como válvulas de escape que abrem e fecham o fluxo de ar comprimido – como as câmaras de ar das rodas dos pneus dos caminhões.
Todos os impulsos provêm de uma massa de ar disparada à alta velocidade. Os fótons que alimentam o motor da nave vêm da transformação do magnetismo universal.  Ele se alimenta do ambiente cósmico – plasma. Um gera e o outro neutraliza, é por isso que as naves se movem em velocidades assustadoras e são capazes de manobras radicais.
O motor de fótons funciona com impulso – pega um balão, sopra e solta, ele escapa da tua mão e sai em uma velocidade incrível descrevendo ziguezague... Não é assim ? Então, essa é a aceleração, é o impulso inicial que a nave toma e some em questão de segundos da tua vista riscando o céu se tornando invisível. Depois se estabiliza, balança e desacelera – a aceleração e desaceleração, isso é o que movimenta a nave- não há porem nenhum desconforto durante os dois procedimentos. Assim a essa velocidade é possível fazer viagens interplanetárias, interestelar, intergalácticas e interdimensionais.
Na Terra existem portais (muito bem escondidos) de passagens para outras dimensões, para outros mundos, por onde se viaja para lugares anos luz distantes, em questões de minutos – são os chamados buracos de minhoca, já ouviu falar sobre isso? Esses caminhos estão mais perto de vocês do que vocês possam imaginar e é por meio destes portais que nós chegamos aqui e vamos pra lá.

OBS.:
* A Teoria de que a velocidade da luz não varia no tempo e no espaço está errada, ela não é uma constante.
* Fóton é a unidade de energia eletromagnética em forma de partícula.
* O plasma universal é de natureza magnética, que se comporta como liquido sutil invisível, mas detectável.
* Na estrutura do Fóton está à unificação da gravidade e do eletromagnetismo que cria a base para formar e transformar a força eletromagnética em força de gravidade – força gravitacional.
* Os cientistas terrestres conhecem a eletrodinâmica quântica.

Encontrei na internet uma imagem que ilustra bem como 
são as naves utilizadas pelo meu pessoal. Inclusive há um 
detalhe correto nesta imagem: as naves do meu planeta
nunca estão sozinhas.  
A desaceleração torna a nave invisível devido à velocidade do deslocamento. Já na aceleração ela se estabiliza, pára, balança e se torna visível. Por isso a nave está aqui e, num piscar de olhos, some. Lá dentro não se sente nada, nem com a aceleração nem com a desaceleração que é brusca. Não precisa nem usar máscaras, basta um macacão metalizado. Isso porque somos geradores também no interior da nave e reciclamos a energia que circula dentro dela. A energia em torno da nave e no seu interior é circular, por isso ela gira a olhos vistos.

A NAVE É UM GRANDE COMPUTADOR.

Beijos!


sábado, 14 de janeiro de 2012

Como cheguei aqui?...

Cheguei aqui em um dos nossos veículos – uma vimana - aos dez meses de idade (idade da Terra). Já vim bem entendida de lá, adaptada e preparada para a atmosfera terrestre, que é bem parecida com a nossa. Em outras palavras, eu vim pronta pra me virar aqui na Terra. Sou de Capella, a sexta estrela mais brilhante do céu. Fica na Constelação de Auriga. Habitamos um planeta que orbita em torno de Capella.

Fui deixada na rua. Mais uma criança abandonada, o que não é novidade aqui na Terra, pois todo dia aparecem aos montes por aí. Aqui na Terra muitas mães jogam as crianças fora... Sabia?
Outras crianças iguais a mim foram deixadas em lugares diferentes (“etezinhos”). Levaram-me para um orfanato, lugar onde ficam as crianças que não têm pais, neste planeta. Cresci no orfanato e nos primeiros anos eu não falava nada das línguas da Terra, por isso permanecia calada quase o tempo todo. Eu era até apelidada e chamada de muda. Entretanto, eu não falava porque não sabia e fui aprendendo com as outras crianças, aos poucos, as palavras. Então eu cresci assim, observando para aprender, acostumando-me com os sons... Além disso, eu vim, de fato, para observar, aprender, entender e tentar ser uma terráquea. Então... Não precisava falar nada e realmente eu cresci calada.
Tudo o que me davam para comer era novidade para mim. Descobri o pão e acho que é o melhor alimento do mundo. Eu ADORO pão. De onde eu vim, as pessoas se alimentam de energia. Alguns de vocês aqui na Terra sabem fazer isso também, aprenderam. Para nós, é o normal.
Eu provei algumas comidas da Terra lá no orfanato – que é um lugar para cuidar de crianças abandonadas mas, na verdade, muitas dessas instituições não cuidam de coisa nenhuma – pelo menos no que eu fiquei, não cuidavam. Era tudo uma meleca. Eu passava o dia observando as crianças e, depois, meu povo me explicou que fui colocada ali pra saber por que, quando as crianças crescem, tudo muda, elas se transformam em outra pessoa.
As comidas do orfanato eram muito ruins. As “tias” da cozinha faziam uma “gororoba” para nós e, para elas, preparavam umas coisas que comiam com gosto... Eram comidas bem diferentes das nossas. Para elas havia umas coisas vermelhas, brancas, verdes, que elas chamavam de salada. Eu achava tão bonito aquilo... Tinha vontade de comer mas, para nós não vinha salada nenhuma.
Agora... Quando havia visita de gente importante no orfanato, aí comíamos macarrão, frango, batatas... Era um luxo! Quando não recebíamos visita era só feijão duro, arroz papa e um pedaço de linguiça (e olhe lá, só para os premiados a linguiça aparecia).  Criança de orfanato sofre, viu... Só é legal quando tem visitas, portanto alguém devia visitar os orfanatos todo dia porque assim as crianças comeriam melhor.
O dinheiro é pouco para comprar as coisas e quase nunca chega. As doações são divididas entre as pessoas que cuidam da cozinha. Biscoitos, bolachas, chocolates, nada disso vinha pra nós... Ia pra casa delas, pra nós mal vinha o leite que, além de ralo, era só um pouquinho nas canequinhas – isso para poderem levar pra casa delas também – e aguavam o máximo o nosso leite, para durar.
No dia da chegada dos donativos que as pessoas mandavam era como o dia do supermercado delas, os parentes chegavam cedo para levar...
Há pessoas boas, mas há outras que vou te contar... E eu quero dizer pra vocês... Passem um dia no orfanato com as crianças, fiquem para almoçar,  que neste dia as crianças vão comer direitinho. Façam isso e as crianças agradecem...
Não são todos assim, claro, mas aquele em que fui criada era (hoje este orfanato não existe mais). Tem gente ruim demais.. Gente má... fazer isso com criança, ainda mais abandonada. Ah, tem dó!



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Eu fiquei no orfanato até os 14 anos, cresci lá sendo maltratada e só fiquei todo esse tempo porque as crianças maiores faziam todo o serviço. Varríamos, lavávamos, limpávamos os banheiros... O serviço que devia ser feito pelas funcionárias pagas pelo governo, era feito por nós. Claro, nos dias de visita era todo mundo de banho tomado, roupa limpa, cantando... E as funcionárias com vassouras, baldes, limpando pra lá, limpando pra cá. Era um lugar feliz, arrumado, limpo, uma maravilha – o lugar ideal! As crianças bem tratadas, felizes... Que falsidade. Mas quem ia desconfiar?
Como os humanos são mascarados.... Estas máscaras precisam ser derrubadas, precisam cair... Tudo fingimento, tudo mentira...
Lá no orfanato eu só aprendi uma coisa boa: aprendi a gostar de música, ouvindo o radinho de pilha do vigia, à noite. Era tão bom...Mas o meu primeiro contato com a música mesmo foi quando eu saí de lá. Uma das minhas preferidas é esta aqui, escuta só.
Judy In Disguise by John Fred on Grooveshark
Eu a ouvi na casa dos meus amigos jovens... Não parece coisa de disco voador? Aliás, eu mandei esta música pra o meu pessoal, na nave espacial e eles gostaram. Estão aí pelo espaço, curtindo. A música é bem animada... Não parece um contato imediato através do som? Essas paradinhas da música me chamaram muito a atenção. Sou sensível ao som, principalmente à esses “pa-ram pam”e esta música é cheia de pausas assim. Foi isso que me conquistou. Quando eu a ouvi, lá na casa do meus amigos, eu fui pra perto das caixas acústicas para ouvir melhor e o som me agradou muito.
Bem, como eu dizia, não são todos os orfanatos que são legais, não. Orfanatos, aliás, nunca foram locais ideias para as crianças, claro. O lugar perfeito pra uma criança é junto á sua família... Se você não quer ter filhos, não os tenha. Ter filhos para jogá-los fora depois, abandoná-los... Ah! Dá licença! Tem que ser preso quem faz uma coisa assim.
As pessoas nos enganam com suas aparências dóceis e suas gentilezas... A maioria dos orfanatos estão cheios dessas pessoas.
Beijos.
P.S.: Os ETs não são assim falsos, não.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Olá!

(Enquanto você lê este meu post, sugiro uma música perfeita para o momento.)
Cosmic Girl - Album Version by Jamiroquai on Grooveshark

Olá!
Eu sou a Etnéia. Faz só algum tempo que descobri que sou uma E.T. Fui colocada aqui na Terra e nem sabia disso. Ah, mas antes quero dizer que foi o meu nome um dos motivos de eu ter saído atrás de saber quem eu era.
Etnéia... Já viu alguém chamado assim? Nem eu. Agora o pessoal, amigos, me conhecem por “Etnéia, a noiada”, por causa do meu jeito de ser. Eles dizem que sou muito doida. Eu não acho.
Tudo começou em 1945, fim da Guerra - a Segunda. O meu pessoal que me contou, quando eu tinha 14 anos da Terra. Mas deixa eu te contar.
Em 1945 vieram uns bebês chamados “Baby Boomers”, que encarnaram logo após a guerra. É a prole dos bebês pós-guerra. Se você nasceu nessa época, pode ser um deles. Como saber se é um baby boomer?
Você é um cara considerado esquisito pelos outros? É? Ok, então você pode ser, sim. Você é um deles. Ou um de nós. Esses bebês somos nós infiltrados na Terra, os ETs. Como assim?  
Nós viemos para mudar. Vocês somos nós. Em uma versão estética melhorada pelo clima do planeta e o ambiente geral. Ficaram mais bonitos, é isso que eu quero dizer.
Tiveram também mistura com outras raças. Não fomos apenas nós que estivemos aqui com vocês e deixamos nossa presença. Basta ver a quantidade de tipos e línguas que existem na Terra, que fica fácil saber e entender isso. Como se originaram pessoas de tipos tão diferentes? Já pensou nisso?
Como algumas coisas deram errado, eles, ou melhor, nós, estamos voltando aqui para arrumar, resolver. E o que deu errado? Parece que a manipulação errada da tecnologia alterou o cérebro de vocês. O cérebro é um computador biológico, não precisamos de nenhum aparelho para fazer o que o cérebro faz, porque ele faz tudo. Somos uma máquina que funciona independente da nossa vontade. Uma máquina inigualável. Tudo o que existe foi inventado por alguém... Esse alguém pensou, projetou esse pensamento na sua mente e construiu aquilo que imaginou. Tornou real.
Só que com preguiça de pensar, vocês, homens da Terra, trocaram gente de vocês para servir de cobaia por tecnologia alienígena. Veja bem, ET e Alien não são a mesma coisa, são raças diferentes. Os ETs são extraterrestres, isso quer dizer, terrestres fora da terra, mas são daqui. Vieram aqui, estiveram aqui, habitaram o planeta, deixaram a sua criação aqui (os seus descendentes) e foram embora. Biologia natural. Esse é o significado da palavra extraterrestre: extraído da Terra. Pensa nisso, analisa.
Imagem criada por gilderm (sxc.hu)
Já os Aliens são fabricados, são robóticos. Inteligências artificiais. Feitos em oficinas por outras civilizações, outras inteligências. Nós, como vocês, nascemos e morremos. Eles são fabricados, são dissimulados, e querem ganhar vocês. Querem transformá-los em máquinas também. E já estão bem avançados nisso. Os chamados humanos, que são os extraterrestres, nascidos da Terra, já estão ficado robotizados, pois estão perdendo os sentimentos. 
Eu sou parecida com vocês. Sou gente também. Mesmo assim, ainda tenho características de ET.
Dizem que os ETs são feios, mas eu não sou, não. Já vi gente mais feia do que eu. A minha vizinha, por exemplo... (Nossa, estou virando terráquea mesmo.)
O meu nome é:

ETNÉIA          ENÉIA                                DE TÉIA
(nome)        (nome da mãe)    (nome do local do planeta onde eu nasci)

Sou uma teiaca.
É assim que formamos o nosso nome. O nome da mãe, do lugar onde nasceu (daqui a pouco vocês também vão usar, depois do nome de vocês, terráqueo do Canadá, por exemplo). Entendeu?
O que eu estou fazendo aqui? Não sei.
Não sei se vim pra ajudar vocês em alguma coisa, esclarecer, orientar, ou se sou um aparelho e, através de mim, eles podem observar vocês. Só sei que estou sendo monitorada. Devo ser um modelo não corrompido, no meu “original”, sendo controlada. Sei lá. Não sei o que sou ainda. Não me esclareceram. Não sei o que eu estou fazendo aqui, a não ser viver como um de vocês.
Mas os terráqueos são muito esquisitos, viu? Ô gente teimosa! Nós não somos assim. E poucos aqui são parecidos conosco. Não se alteraram. Acho que vão mesmo ter quer acabar com tudo e começar tudo de novo outra vez, repetir o feito, pois essa experiência aqui deu errado. Vocês foram dar ouvidos aos invasores, agora eles querem dominar vocês. A única coisa que não se desenvolveu e m vocês foi a inteligência, a consciência. O ser humano é um animal irracional. E ele acha que não! Ele acha que irracional é o animal. Agora me diz... Onde e como os humanos são inteligentes? Só fazem besteira. Por isso está tudo errado. A inteligência aqui é “zero”. Toda a ação de vocês é “soprada”. Conhece o “eureca”?
Porque?... Vocês são uns “cabeção”. Misturam tudo. O mundo começou organizado, com um lugar para cada coisa e cada coisa no seu lugar. E, para que isso não fosse perdido, foi deixado um livro de ensinamentos. Ninguém seguiu. A primeira coisa que fizeram foi modificar o livro. Cada um copiou como quis e ainda acrescentou por sua conta coisas de sua cabeça de melão. Lógico que isso só podia dar errado. E deu. Distorceram tudo, não entenderam nada. E mudaram as coisas a seu bel prazer. E o livro que era “UM”, virou “vários”. Cada um com o que o fulano que reescreveu achou melhor. Pronto, bagunça geral. O Caos. Dividiram a raça, o pensamento, a humanidade.
O erro foi deixar tudo aqui sem ninguém pra tomar conta. Deviam ter ficado para que as coisas fossem cumpridas e levadas a sério. Acreditaram que seus humanos descendentes seguiriam as coisas direitinho. Hoje eles já sabem que o erro foi esse: confiar na criação. Desvirtuaram tudo, os terráqueos. Quando essa bagunça começou, alguns sinais de alerta foram mandados (ainda continuam), mas ninguém dá a mínima para isso. Estão todos alienados, hipnotizados. Consumidos pelos seus computadores. Olha a máquina.Muitos serão chamados e poucos serão os escolhidos”, disseram. “Os bons permanecerão de pé, e os maus cairão”, disseram.
Agora, imagine uma multidão, veja os que ficam de pé e os que se afastam e vão caindo por terra, sem poderem se segurar em nada, nem em ninguém, sendo arrastados para longe dos que permanecem de pé, caindo e virando lama. Esta será a separação. Aqui não tem nada religioso. São fatos. É profético... E muitos de vocês já sonharam com isso. Os sonhos são mensagens que nos são enviados e poucos conseguem se lembrar do que sonham. Eles são profecias, esclarecimentos, ensinamentos. Resoluções. Não são “coisas” da mente, não. Alguns entre os terráqueos mais sensíveis foram escolhidos, avisados, para passar seus esclarecimentos e deixaram isso em códigos e mensagens a serem desvendadas por outros poucos. Só que ninguém acredita em nada. Quando eu falei sobre essas coisas com os meus amigos eles riram e começaram a me chamar de Etnóia, a noiada. E dizem que sou muito doida.
O ser humano é assim, um incrédulo, só se ele vir (mesmo, às vezes, nem assim). Eu estou aqui, estou dizendo quem sou, e eles não acreditam em mim, nem vendo. E agora?
Então eu não estou ajudando ninguém em nada... Mudar a cabeça de cocô dos humanos é uma guerra... Então, o que vai ser feito? Eles estão vindo aqui... Quem acreditar e quiser, vai conosco. Espera passar a confusão e volta para recomeçar a vida... Tem muita gente que já está se preparando... Problema seu se não quiser acreditar e não quiser ir.
Há a hipótese de deixar tudo como está: os humanos se degladiando na guerra, se matando, juntando quem sobrar e recomeçar... Então ,se proteja, salve-se.
Destruir não é bem o que nós queremos... Nós queremos salvar os nossos descendentes, alertá-los, mostrar-lhes soluções... Não precisam ter medo de nós. Nibirus é uma plataforma, uma imensa base espacial, vinda nessa direção e não pretende se chocar com a Terra... Somos nós voltando, vindo visita-los de novo. Ver o que podemos fazer por vocês... Os outros que por aqui vêm, não somos nós... Que mais deu errado?
Eu estou falando essas coisas pelo ponto de vista de um ET.
Aliás, é a primeira vez que uma ET fala com vocês. Sempre é um ET.... Notaram? Sou a primeira ET... Histórico, isso!
Eu, apesar de ser criada na Terra, tenho demorado a me acostumar com as coisas daqui. Com o jeito de ser de vocês. Vocês, que são os esquisitos do Universo. Também, foram tantas as misturas (tinha que dar confusão).
Eu estou aqui para contar sobre tudo isso. Como cheguei aqui, de onde vim.... Vou contar a minha história, a minha vivência aqui na Terra, mas quero antes falar das esquisitices de vocês, coisas que não entendo – eu tento, mas...
Beijos e até a próxima.